sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Destino


Apalpo o nada que sinto
Olho tudo o que não vejo
Troco tudo, tudo minto
Sou nada do que desejo

Sinto a dor e nunca a dor
Foi dor minha felizmente
Dou amor e o amor
Não é meu, é de outra gente!

Sou pobre e tenho dinheiro
Sou rico... sem ter vintém
Estou no fim, sou o primeiro
Sem estar além de ninguém.

Sou feliz e sofro tanto
Sem saber o que é sofrer
Fecho a boca quando canto
Vivo se estou a morrer!

Não vivo tempo nenhum
De todo o tempo que passa
Sou nada, apenas mais um
Que ri de tudo sem graça!

Sou mortal e os mortais
Dão ao mundo o movimento
Que parado é pouco mais
Que tempo sem haver tempo!

2 comentários:

cor da vida disse...

ola,tens um selo para ti no meu blog...passa por lá.bjs

Anónimo disse...

Olá :)

"Apalpo o nada que sinto
olho tudo o que não vejo"...

Este teu também está uma delícia :) gostei!
E obrigada pelo comentário no meu post.
Beijinho